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CAPOEIRA NÃO É DOUTORADO

QUEM JÉ FEZ JAMAIS ESQUECE

É UM JOGO HONRADO

DE PASTINHA E BIMBA OS MESTRES

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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cronologia da capoeira no Brasil

Cronologia da capoeira no Brasil
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Tocador de berimbau, por Jean Baptiste Debret, 1826A capoeira sempre teve grande importância para a cultura brasileira por estar intimamente ligada ao seu passado de escravidão.

Abaixo segue a cronologia da capoeira no Brasil:

Índice [esconder]
1 Cronologia
1.1 1500 - 1700
1.2 1800
1.3 1900
2 Ver também
3 Notas e referências


[editar] Cronologia
[editar] 1500 - 1700
1548 - Inicia a imigração forçada de escravos africanos para o Brasil.
1577 - Primeiro registro do vocábulo Capoeira na língua portuguesa: Pe.Padre Fernão Cardim (SJ), na obra: "Do Clima e da Terra do Brasil". Conotação: vegetação secundária, roça abandonada.
1640 - Início das invasões holandesas. Desorganização social do litoral brasileiro. Evasão dos escravos africanos para o interior do Brasil. Aculturação afro-indígena. Organização de centenas de quilombos. Surgem as expressões: "negros das capoeiras", "negros capoeiras" e "capoeiras".
1712 – Primeiro registro escrito do termo capoeira, no Vocabulário Português e Latino, do Padre D. Rafael Bluteau, seu significado contudo não se refere à luta.
1770 - A mais antiga referência de capoeira enquanto forma de luta. "Segundo os melhores cronistas, data a capoeiragem é de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marquês do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo o apelidava de 'amotinado'. Viam os negros escravos como o 'amotinado' se defendia quando eram atacados por quatro ou cinco homens, e aprenderam seus movimentos, aperfeiçando-os e desdobrando-os em outros e dando a cada um seu próprio nome"[1].
25 de abril de 1789 - Primeira menção da capoeira em registros policias na prisão de Adão, pardo, escravo, acusado de ser "capoeira"[2].
[editar] 1800
1809 – D. João VI criou a Guarda Real de Polícia, para seu chefe foi nomeado o major Nunes Vidigal. Perseguidor notório de capoeristas, o major Vidigal era por si só um exímio capoerista.
1813 – Antônio de Morais Silva acrescenta o termo capoeira no Diccionario da Língua Portugueza composto originalmente pelo Padre D. Rafael Bluteau.
1821 – Carta da Comissão Militar do Rio de Janeiro enviada para Carlos Frederico de Paula, Ministro da Guerra, requisitando o retorno dos castigos aos capoeiristas.
Decisão de 31 de outubro: determinou sobre a execução de castigos corporais em praças públicas a todos os negros chamados capoeiras.
Decisão de 5 de novembro: determinou providências que deveriam ser tomadas contra os negros capoeiras na cidade do Rio de Janeiro.
1822 - Decisão de 6 de janeiro: mandava castigar com açoites os escravos capoeiras presos em flagrante delito.
1824 - Decisão de 28 de maio: dava providências sobre os negros denominados capoeiras.
Decisão de 14 de agosto: mandava empregar nas obras do dique os negros capoeiras presos em desordem, cessando as penas de açoites.
Decisão de 13 de setembro: declara que a portaria de número 30 do mês de agosto compreende somente escravos capoeiras.
Decisão de 9 de outubro: declara que os escravos presos por capoeiras devem sofrer, além da pena de três meses de trabalho, o castigo de duzentos açoites.
1826 - O artista francês Jean Baptiste Debret retrata um tocador de berimbau em "Joueur d'Uruncungo".
1828 – O capoeiras sempre tidos como marginais e desordeiros ajudando a conter a Revolta dos Mercenários.
1831 - Decisão de 27 de julho: manda que a junta policial proponha medidas para a captura e punição dos capoeiras e malfeitores.
1832 - Postura de 17 de novembro: proibia o Jogo da Capoeira: "...trazem oculto em um pequeno pau escondido entre a manga da jaqueta ou perna da calça uma espécie de punhal..."..."tomam providências contra todo e qualquer ajuntamento junto às fontes, onde provocavam arruaças e brigas; próximo a Igreja do Rosário, no Largo da Misericórdia, onde à noite as mulheres de reuniam...".
1834- Decisão de 17 de abril: solicita providências a respeito dos operários do arsenal de marinha que se tornarem suspeitos de andar armados (fez referência a uma acusação de assassinato feita contra um negro, e mencionou que já haviam sido dadas ordens ao chefe de polí­cia sobre os capoeiras).
Decisão de 17 de abril: dá providências a respeito dos pretos que depois do anoitecer forem encontrados com armas ou em desordens.
Postura de 13 de dezembro: dá mais providências contra os capoeiras.
1835 – Pela primeira vez é retratado o jogo de capoeira pelo alemão Johann Moritz Rugendas no livro Voyage Pittoresque dans le Brésil com as gravuras "JOGAR CAPOEIRA ou Danse de la guerre" e "SAN SALVADOR".
13 de maio de 1888 - A Princesa Isabel decreta a Lei Áurea abolindo a escravatura no Brasil.
Surge o primeiro livro sobre a Capoeira: o romance "Os Capoeiras", de Plácido de Abreu, onde aparece a primeira nomenclatura de movimentos.
1889 - Proclamação da República. Deportação dos capoeiras considerados criminosos para o Arquipélago de Fernando de Noronha. Nasce a proposta da Ginástica Nacional, como instrumento de Educação Fí­sica, a partir do reaproveitamento dos movimentos da Capoeira. Esta forma desportiva foi liberada pela polí­cia.
1890 - Decreto nº 847 de 11 de outubro de 1890. Introdução da Capoeira no Código Penal da República, no Capí­tulo XIII "Dos Vadios e Capoeiras" em seus artigos 402, 403 e 404. Continuidade ao processo de prisão e deportação dos capoeiristas criminosos para o Presí­dio de Fernando de Noronha e para a Colônia Correcional de Dois Rios na Ilha Grande.
Apesar dos capoeristas terem um papel heróico na Revolta dos Mercenários e na Guerra do Paraguai, o Governo Republicano instaurado em 1889 continuou a política de repressão à Capoeira do período Imperal, e em 1890 editou um decreto criminalizando a prática da Capoeira.
[editar] 1900
1904 - Luta do capoeirista Cirí­aco, contra o lutador de Jiu-jitsu Sada Miako. Este evento ocorreu através de alvará autorizado pela polí­cia, dentro do contexto da Luta Brasileira.
1907 - Edição do livreto apócrifo: Guia do Capoeira ou Gymnástica Brasileira. Nele as iniciais "O.D.C." que significam: ofereço, dedico e consagro.
1928 - Surge no Rio de Janeiro o primeiro Código Desportivo de Capoeira sobre o nome de Gymnástica Nacional (Capoeiragem) Methodizada e Regrada. Este trabalho, de autoria de Aníbal Burlamaqui (Zuma), trouxe uma nomenclatura ilustrada de golpes e contragolpes, área de competição, regulamento de competição, critérios de formação de árbitros, fundamentos históricos, uniformes e outras informações.
1932 - Mestre Bimba funda a primeira academia oficial de capoeira.
1933 - Fundação em 5 de novembro, por intervenção de Aníbal Burlamaqui do Departamento de Luta Brasileira (Capoeiragem) da Federação Carioca de Boxe.
1936 - Em 13 de março o jornal a Gazeta da Bahia trouxe um depoimento de Manuel dos Reis Machado (Mestre Bimba) afirmando que "a polí­cia regulamentará estas exibiçoes de capoeiras de acordo com a obra de Aníbal Burlamaqui (Zuma) editada em 1928".
Fundação do Departamento de Luta Brasileira (Capoeiragem) da Federação Paulista de Pugilismo, em 4 de novembro, por influência da Aníbal Burlamaqui.
1937 - Mestre Bimba funda o Centro de Cultura Fí­sica e Luta Regional, através do Alvará n° 111, da Secretaria da Educação, Saúde e Assistência de Salvador. Enfocando seu trabalho no campo esportivo, obtém aceitação social, passando a ensinar para as elites econômicas, polí­ticas, militares e universitárias.
1940 - Decreto 2848. Instituiu o novo Código Penal Brasileiro. No mesmo não é citada a Capoeira. A partir desta data o uso da palavra "Capoeira" foi liberado.
1941 - Decreto 3.199 assinado pelo presidente Getúlio Vargas, o qual estabeleceu as bases da organização dos desportos no Brasil. Através do mesmo foi constituí­da a Confederção Brasileira de Pugilismo que já na fundação teve o Departamento Nacional de Luta Brasileira (Capoeiragem), que foi o embrião da Confederação Brasileira de Capoeira. Este foi o primeiro reconhecimento desportivo oficial da modalidade.
Mestre Pastinha funda a primeira academia oficial de Angola.
1945 - Dando prosseguimento ao Projeto da Ginástica Nacional, o Prof. Inezil Penna Marinho publica o livro: Subsí­dios para o Estudo da Metodologia do Treinamento da Capoeiragem. Esta obra também foi inspirada em Aníbal Burlamaqui.
1949 - Mestre Bimba leva alguns alunos a São Paulo para competir com outras lutas. Na década de 1950, Mestre Bimba viajou vários estados apresentando a capoeira. Começa a expansão da capoeira baiana pelo território brasileiro.
1952 - Fundação do Centro Esportivo Capoeira Angola, em Salvador, celebrizado por ter à frente o Mestre Vicente Ferreira Pastinha. Seu enfoque é eminentemente esportivo e civilizador da Capoeira.
1953 - O Conselho Nacional de Desportos expede a Resolução 071, estabelecendo critérios para a prática desportiva da Capoeira. Este foi o segundo reconhecimento desportivo oficial.
Em Salvador, Mestre Bimba e seu alunos se apresentam no Palácio do Governo para o governador da Bahia Juracy Magalhães e o presidente da República Getúlio Vargas. Getúlio teria dito então: "a única colaboração autenticamente brasileira à educação física, devendo ser considerada a nossa luta nacional".
1966 - Participação dos representantes da chamada Capoeira Angola, sob a liderança de Mestre Pastinha, no Primeiro Festival de Artes Negras de Dakar. A capoeira começa a expandir para o mundo. A delegação brasileira volta do Senegal afirmando que não existia Capoeira na África. Passam então a reivindicar uma posição nacional, afirmando que a "Capoeira Angola" é a verdadeira Luta Brasileira.
1967 - A Força Aérea Brasileira organizou o Primeiro Congresso Nacional de Capoeira.
1969 - A Força Aérea Brasileira organizou o Segundo Congresso Nacional de Capoeira.
1972 - Terceiro reconhecimento oficial da Capoeira como uma modalidade desportiva, por ato do Conselho Nacional de Desportos. Inicia-se a fundação das Federações Estaduais de Capoeira, sob a jurisdição do Departamento Nacional de Capoeira da Confederação Brasileira de Pugilismo.
1974 - Mestre Bimba morre, no dia 5 de fevereiro, em Goiânia.
1974 - Em 14 de julho de 1974 os Senhores Comendador Airton Neves Moura (in memorian), Mestre Mello (in memorian), Profº Mestre Gladson de Oliveira Silva, Mestre Edson Luiz Polim, Mestre Djamir Pinatti e Mestre Jose Andrade fundão a Federação Paulista de Capoeira também denominada F.P.C. e ligada à Confederação Brasileira de Pugilismo, sendo a primeira no mundo, e tendo como atual Presidente o Prof° Mestre Hermes Soares dos Santos.
1975 - Realizacão do Primeiro Campeonato Brasileiro de Capoeira por intermédio da Federação Paulista de Capoeira.
1981 - O professor Inezil Pena Marinho apresenta o Projeto Técnico-Cientí­fico da Ginástica Brasileira, inspirada na Capoeira, ao Congresso Mundial da Associação Internacional de Escolas Superiores de Educação Física.
Mestre Pastinha morre, em 13 de novembro.
1982 - Realizacão do Primeiro Campeonato Mundial São Paulo X EUA por intermédio da Federação Paulista de Capoeira.
1985 - Realizacão do Primeiro Festival Folclórico Brasileiro De Capoeira por intermédio da Federação Paulista de Capoeira.
1992 - Fundação da Confederação Brasileira de Capoeira através do desmembramento do Departamento Nacional de Luta Brasileira (Capoeira) da Confederção Brasileira de Pugilismo.
1993 - Realização do Primeiro Congresso Técnico Nacional de Capoeira, ocorrido na cidade de Guarulhos - SP. Objetivo: padronização de procedimentos técnicos, culturais, desportivos e administrativos.
Primeiro Seminário Técnico de Elaboração do Regulamento Nacional de Capoeira, ocorrido, na cidade de Salvador.
1995 - Reconhecimento da Capoeira e vinculação da Confederação Brasileira de Capoeira ao Comitê Olímpico Brasileiro.
1997 - Homologação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Capoeira pela Ordem dos Advogados do Brasil.
Organização do Segundo Congresso Técnico Nacional de Capoeira. Avanço nas padronizações técnicas e desportivas.
1999 - Realização do Terceiro Congresso Técnico Nacional e Primeiro Congresso Técnico Internacional de Capoeira, na cidade de São Paulo. Aprofundamento das padronizações técnicas e difusão para o exterior.
Fundação da Federação Internacional de Capoeira, em São Paulo.
Fundação da Associação Brasileira de Árbitros de Capoeira, em São Paulo.
2000 - Fundação da Associação Brasileira de Capoeira Especial e Adaptada para a divulgação e prática da capoeira entre portadores de deficiências.

BESOURO MANGANGÁ

Manuel Henrique Pereira (1895 — 1924), conhecido como Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro foi um lendário capoeirista da região de Santo Amaro da Purificação, na Bahia.

Índice [esconder]
1 História
2 Cadê o Besouro
3 Filme
4 Ligações externas


[editar] História
Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que não gostava da polícia (que diversas vezes frustou-se ao tentar prendê-lo), que tinha o "corpo fechado" e que balas e punhais não podiam feri-lo. Certa época, quando Besouro trabalhou numa usina, por não receber o ordenado, segurou o patrão pelo cavanhaque e o obrigou a pagar o que lhe devia.

As circunstâncias de sua morte são contraditórias. Há versões que afirmam que Besouro morreu em um confronto com a polícia; outras, que foi traído, com um ataque de faca pelas costas. Esta última é muito cantada e transmitida oralmente na capoeira. Um fazendeiro, conhecido por Dr. Zeca, após seu filho Memeu apanhar de Besouro, armou uma cilada, mandando-o entregar um bilhete a um amigo que administrava a fazenda Maracangalha. Tal bilhete pedia para que seu portador fosse morto. Besouro, analfabeto, não pôde ler que aquele bilhete era endereçado ao seu assassino e que esclarecia que o portador era a vítima, ou seja, ele próprio. Assim, no dia seguinte, ao voltar para saber a resposta, 40 soldados o estavam esperando. Um homem conhecido por Eusébio de Quibaca acertou-lhe nas costa uma faca de tucum (ou ticum), um tipo de madeira, tida como a única arma capaz de matar um homem de Corpo Fechado.

Besouro Mangangá Manoel Henrique (1897- 1920), Besouro Mangangá ou Besouro Cordão de Ouro foi um lendário capoeirista de Santo Amaro, Bahia. Muitos e grandiosos feitos lhe são atribuídos. Diziam que ele tinha o "corpo fechado", que balas punhais não podiam feri-lo. Porém, mesmo as circunstâncias de sua morte são contraditórias. Há versões de que foi num confronto com a polícia, e outras que foi na "trairagem", num ataque de faca pelas costas.

A palavras capoeirista assombrava homens e mulheres, mas o velho escravo Tio Alípio nutria grande admiração pelo filho de João Grosso e Maria Haifa. Era o menino Manoel Henrique que, desde cedo aprendeu, com o Mestre Alípio, os segredos da Capoeira na Rua do Trapiche de Baixo, em Santo Amaro da Purificação, sendo batizado com Besouro Mangangá por causa da sua flexibilidade e facilidade de desaparecer quando a hora era para tal.

Era um negro forte e de espírito aventureiro, nunca trabalhou em um lugar fixo nem teve uma profissão definida.

[editar] Cadê o Besouro
Canção muito conhecida na capoeira

Besouro Mangangá era homem de corpo fechado
Bala não matava e navalha não lhe feria
Sentado ao pé da cruz enquanto a polícia o seguia

Desapareceu enquanto o tenente dizia

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro
Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Besouro era um homem que admirava a valentia

Não aceitava a covardia Maldade não admitia

Com a traição quebrou-se a feitiçaria

Mas a reza forte só Besouro quem sabia

Cadê o Besouro Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Atrás de Besouro, o tenente mandou a cavalaria

No estado da Bahia

E Besouro não sabia

Já de corpo aberto,

Fez sua feitiçaria

Cada golpe de Besouro Era um homem que caia

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro Chamado Cordão de Ouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Cadê o Besouro

Chamado Cordão de Ouro

BIMBA

Manoel dos Reis Machado, também conhecido como Mestre Bimba (Salvador, 23 de Novembro de 1899 - Goiânia, 15 de Fevereiro de 1974) criou a capoeira regional ao perceber que a capoeira perdera seu valor marcial e estava se tornando apenas uma dança folclórica. Mestre Bimba tinha o intuito de criar não apenas uma luta, mas também um estilo de vida. Praticantes dessa arte se denominaram "capoeira". Além disso, Mestre Bimba também criou uma variação da capoeira regional, a Benguela.

Bimba empunhava regras para os praticantes da capoeira regional, sendo elas:

- Não beber e não fumar. Pois os mesmos alteravam o desempenho e a consciência do capoeira.

- Evitar demonstrações de todas as técnicas, pois a surpresa é a principal arma dessa arte.

- Praticar os fundamentos todos os dias.

- Não dispersar durante as aulas.

- Manter o corpo relaxado e o mais próximo do seu adversário possível, pois dessa forma o capoeira desenvolveria mais.

- Sempre ter boas notas na escola.

No vídeo de B. M. Farias "Relíquias da Capoeira - Depoimento do Mestre Bimba", o próprio Manuel comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia. Depois, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, explica-se mais sobre o nome do esporte, sobre a criação da capoeira de Angola e sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba. [1]

PASTINHA

Vicente Ferreira Pastinha (Salvador, 5 de abril de 1889 — Salvador, 13 de novembro de 1981), foi um dos principais mestres de Capoeira da história.

Mais conhecido por Mestre Pastinha, nascido em 1889 dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas "com a sorte". Afinal, foi o destino o responsável pela iniciação do pequeno Pastinha no jogo, ainda garoto. Em depoimento prestado no ano de 1967, no 'Museu da Imagem e do Som', Mestre Pastinha relatou a história da sua vida: "Quando eu tinha uns dez anos - eu era franzininho - um outro menino mais taludo do que eu tornou-se meu rival. Era só eu sair para a rua - ir na venda fazer compra, por exemplo - e a gente se pegava em briga. Só sei que acabava apanhando dele, sempre. Então eu ia chorar escondido de vergonha e de tristeza." A vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado que marcaria todos os anos da sua longa existência.

"Um dia, da janela de sua casa, um velho africano assistiu a uma briga da gente. Vem cá, meu filho, ele me disse, vendo que eu chorava de raiva depois de apanhar. Você não pode com ele, sabe, porque ele é maior e tem mais idade. O tempo que você perde empinando raia vem aqui no meu cazuá que vou lhe ensinar coisa de muita valia. Foi isso que o velho me disse e eu fui". Começou então a formação do mestre que dedicaria sua vida à transferência do legado da Cultura Africana a muitas gerações. Segundo ele, a partir deste momento, o aprendizado se dava a cada dia, até que aprendeu tudo. Além das técnicas, muito mais lhe foi ensinado por Benedito, o africano seu professor. "Ele costumava dizer: não provoque, menino, vai botando devagarinho ele sabedor do que você sabe (…). Na última vez que o menino me atacou fiz ele sabedor com um só golpe do que eu era capaz. E acabou-se meu rival, o menino ficou até meu amigo de admiração e respeito."

Foi na atividade do ensino da Capoeira que Pastinha se distinguiu. Ao longo dos anos, a competência maior foi demonstrada no seu talento como pensador sobre o jogo da Capoeira e na capacidade de comunicar-se. Os conceitos do mestre Pastinha formaram seguidores em todo Brasil. A originalidade do método de ensino, a prática do jogo enquanto expressão artística formaram uma escola que privilegia o trabalho físico e mental para que o talento se expanda em criatividade. Foi o maior propagador da Capoeira Angola, modalidade "tradicional" do esporte no Brasil.

Em 1941, fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho, na Bahia. Hoje, o local que era a sede de sua academia é um restaurante do Senai.

Em 1966, integrou a comitiva brasileira ao primeiro Festival Mundial de Arte Negra no Senegal, e foi um dos destaques do evento. Contra a violência, o Mestre Pastinha transformou a capoeira em arte. Em 1965, publicou o livro Capoeira Angola, em que defendia a natureza desportista e não-violenta do jogo.

Entre seus alunos estão Mestres como João Grande, João Pequeno, Curió, Bola Sete (Presidente da Associação Brasileira de Capoeira Angola), entre muitos outros que ainda estão em plena atividade. Sua escola ganhou notoriedade com o tempo, frequentada por personalidades como Jorge Amado, Mário Cravo e Carybé, cantada por Caetano Veloso no disco Transa (1972). Apesar da fama, o "velho Mestre" terminou seus dias esquecido. Expulso do Pelourinho em 1973 pela prefeitura, sofreu dois derrames seguidos, que o deixaram cego e indefeso. Morreu aos 93 anos.

Vicente Ferreira Pastinha morreu no ano de 1981. Durante décadas dedicou-se ao ensino da Capoeira. Mesmo completamente cego, não deixava seus discípulos. E continua vivo nos capoeiras, nas rodas, nas cantigas, no jogo. "Tudo o que eu penso da Capoeira, um dia escrevi naquele quadro que está na porta da Academia. Em cima, só estas três palavras: Angola, capoeira, mãe. E embaixo, o pensamento:

"Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista."

sábado, 2 de janeiro de 2010

CAPOEIRA ANGOLA

A Origem da Capoeira Angola

A Resistência
Nenhum povo vive eternamente sob o jogo da escravidão sem se revoltar. Com o negro no Brasil não foi diferente. Suas primeiras reações contra o cativeiro, foram as fugas e as revoltas individuais e desorganizadas.

Com o tempo, sentindo a necessidade de se organizar contra o opressor, passaram então, a planejar as fugas e a pensar nas formas de luta, que travaria para se libertar, entendendo que precisava, de refugios seguro e longe das fazendas, da política e dos capangas do branco escravocrata.


O Corpo como Arma
Para realizar as fugas, o negro entendeu que precisava lutar. Não tinha acesso a armas nem a qualquer outro recurso de guerra. Tinha apenas seu corpo e a vontade férrea de se ver em liberdade. Havia trazido da Africa lembranças de jogos e da "danca das zebras" "O N'golo", disputa festiva pelo amor e o casamento com uma mulher.


O próprio trabalho pesado, dotava-lhe força e músculos. Era preciso então, juntar e concentrar essa agilidade e força para lutar. A observação de alguns animais brasileiros, particulamente o largato, a cobra e a onça, que atacam e defendem-se com esperteza, ajudou na formação de um comjunto de movimentos que reunidos somavam, agilidade, técnica e força. Começando asim, a ser ensaiados inicialmente, as rasteiras, os pulos, as cabeçadas, que iriam se desenvolver muito mais, posteriormente.

O Nome
Tornou-se necessário praticar, treinar e organizar os movimentos conhecidos em forma de luta. Para isso, era nescessário afastar-se das vistas dos feitores e guardas. Mas uma veiz, o negro encontrou na Natureza, esse apoio. Entrava nos matos próximos às senzalas para se esconder e preparar-se para luta. Escolhia então, o mato rasteiro, com poucas árvores, e de ramagem baixa.
Essa vegetação leva o nome indígena de "capoeira", ficando assim este termo, à desiganar tanbém a forma de lutar, de adestrar o corpo, ultilizada pelo negro, para enfrentar seus opressores; A Capoeira.

A Arte - a Dança - a Música
Nem sempre era possível se afastar para o mato para ensaiar a luta. Mas o negro, nunca deixou de praticar sua cultura. Era comum, durante a escravidão, juntar-se homens e mulheres ,para a cantoria, a dança e mesmo, para o culto aos Orixás, que também são saudados com rítmo e cantos. Como a Capoeira nasceu de um conjugado de movimentos dançados, os encontros festivos ou místicos, passaram também a ser, mais uma oportunidade para sua prática. Assim, a Capoeira ganhou o acompanhamento de cantos e rítmos, que acabaram incorporados a ela, pois os negros já conheciam, o berimbau, o atabaque e o agogô.


O Berimbau
Esse ficou como símbolo da Capoeira, já que o atabaque e o agogô integravam a mitologia africana, chegando até mesmo, no caso do atabaque, a ser reverenciado como uma divindade. Assim o berimbau ficou considerado, mestre na Capoeira, ganhando a função de comandar o jogo da Capoeira.

Dificilmente naquele tempo, quando os feitores e capitães do mato passavam ao lado da Capoeira, compreenderiam que aqueles movimentos executados com a leveza dos felinos e com a plástica dos bailarinos, pudessem trazer no seu conjunto, poderosos golpes desequilibrantes e traumatizantes, tão rápidos como um bóte de uma cascavél. Então esses homens, acreditavam ser essa, "a Capoeira", apenas um encontro para a dança de Angola, que recebeu esse nome, em função da Nação que mais cedeu negros para o tráfico de escravos. Nascendo assim o nome: Capoeira Angola.

As Fugas e os Quilombos
Mas a escravidão continuava. O sangue do negro molhava as terras do Brasil, ao mesmo tempo em que, sua força-de-trabalho, movia a econômia da então colônia portuguesa. Mas, os negros, não aceitavam a condição de escravos, nem os métodos desumanos utilizados pelos seus patrões e amos. Lutavam, fugiam, procuravam ganhar força, junto a outros setores da comunidade, sensibilizando os chamados abolicionistas.


Em suas fugas pelo mato, procuravam um lugar, aonde houvesse água boa e terra generosa, e que fosse de difícil acesso, aos chamados capitães do mato; homens encarregados de recapturar os negros fugidos. Essas localidades, ficaram conhecidas como "Quilombos", e seus moradores "os Quilombolas". O mais importante e mais famoso da história do Brasil foi, o Quilombo dos Palmares, onde está situado o atual Estado de Alagoas.


A Proibição
Perseguida a férro e fogo durante a escravidão, a Capoeira continuou sendo alvo dos poderosos, mesmo após a abolição da escravatura. Agora, era com leis, que lhe tentava dar um fim. O código penal de 1890, criado e imposto durante o governo de Teodóro da Fonseca, proibiu a prática da Capoeira em todo território nacional.

Na perseguição oficial , somava-se também, o ódio de alguns chefes de polícia , que tentavam exterminar a Capoeira, por perceberem a sua força. O motivo? Aquilo que sua essência traz: A liberdade. E foi em nome dessa liberdade, que agora não só para os negros, mas para a Capoeira como um todo, que a luta continuou e continua até os dias atuais

MANDUCA DA PRAIA

Mandinguero era Manduca da praia



lê , lê , lê , lê , lê , lê , lê , lê , lá , lá , lá
lê , lê , lê , lê , lê , lê , lê , lê , lá , lá , lá


Mandigueiro era Manduca da Praia ( mandingueiro )
Mandigueiro era Manduca da Praia


Começou sua carreira là no Lavadrinho dento de um currau
Com todos diabinhos homens de negócio
da frequesia de Sâo José , tinha uma banca
uma banca de peixe lá no mercado perto do seu zé
Manduca da praia era um homem brigão
um pardo claro um Valantão
feriu muita gente leve e gravemente e
todas as Vezes ele se salvou ( mandingueiro )
Mandigueiro era Manduca da Praia


de andar compassado , olhar confiado caus va temor (mandingueiro)
Mandigueiro era Manduca da Praia


nas eleições de São José ouviu-se gritos e correrias
Manduca na briga com “cinco” Romeiros armados de pau
deu cabeçada gingou deu armada levou uma paulada se desnostreou
desceu na rasteira subiu na ponteira saiu vencedor ( mandingueiro )
Mandigueiro era Manduca da Praia


gesto compra samba de todos processos ele se safou ( mandingueiro )
Mandigueiro era Manduca da Praia


Cidade nova no rio de Janeiro chegou um homem de portugal
um deputado chamado Santana invencivel brigão trocador de pau
prcorou o Manduca o desfiou , Manduca é claro que açeitou
no final desse ponto com muito desconto fiquei sabendo Manduca gahou (mandingueiro)
Mandigueiro era Manduca da Praia


Mandigueiro era Manduca da Praia ( mandingueiro )
Mandigueiro da Manduca da Praia
CRÉDITO http://members.fortunecity.com/vubcapoeira/id129.htm